A caminho das terras indianas de Vasco da Gama
Em oceano lendário denominado Atlântico
Dragões de olhos vermelhos cheios de fama
Atormentam a coragem de tantos.

Chegado o sol de Porto Seguro
Terra à vista! Um grito admirado de Cabral
Oh! Louvado sejas Tu, Deus, aos céus
Encontram aqui o paraíso tropical.

Índios nus, descalços, com seus cabelos brilhosos
Canibais, tupi-guaranis, dentre outros
Senhores de muitas terras e objetos valiosos
Terras bonitas… Sim! Cheias de cobre, prata e ouro.

A bandeira da metrópole rompe o chão de Vera Cruz
A liberdade se encerra, institui-se o terror
Galinhas no terreiro, indiozinhos louvando a Jesus
Peguem seus filhos! Adiante virão apenas mortes e dor.

Lágrimas desciam as faces morenas e trêmulas
Portugueses e índios, o embalo mestiço…
Em bocas européias “explorar” era o lema
Salve-se quem puder! Mate o inimigo!

Colônia de Portugal
Uma terra tão bela, um céu de anil
Ora! És tu um paraíso um tanto infernal?
Enfeitado de tentações ambiciosas: ouro, mulheres, prata…
Pau Brasil!