Desde que o rock and roll tomou seu lugar ao sol (da mídia) muitos dos valores que haviam nesse movimento foram deturpados. É claro, não estou falando que o rock and roll começou drug free, mas sim que sua proposta era musical.

Porém, com a aproximação da mídia e com o governo norte-americano se metendo no meio (lembrem-se que Elvis,“O Grande, não passava de um boneco do governo e da sua gravadora), o rock and roll teve uns aditivos, como o álcool e dinheiro, sem contar nas incontáveis filas de corpos fazendo sexo nos camarins. Fato é que qualquer coisa que saia de onde saiu (subúrbios cheios de gente de cor) e chegue onde chegou (mp3 de qualquer adolescente de hoje em dia) com certeza se deturparia no caminho.

As pessoas vivem procurando um modo de disfarçar seus defeitos aparentes com pretextos fúteis por uma vida melhor. Se vê isso quando o assunto vegetarianismo é tocado numa conversa:”-ah, a carne é que dá sustância-” ou “-nunca pararia de comer carne-.”Sem contar naquelas outras milhares de frases pró-alcoolismo das massas, sejam elas do underground ou não. Viver com princípios não é difícil, difícil é deixar de ser hipócrita.

Esses rockers de hoje não sabem nem um terço do que é o rock and roll, movimento musical negro que assim como o hip hop foi tão mal falado e censurado na época de sua criação. Um estilo que podia não ser contra as drogas, por ser tão puro e inocente, mas mesmo assim não fazia apologias ao álcool nem mesmo à promiscuidade que é tão comum nos shows de hoje.